A Igreja do
Brasil se prepara para o Mutirão Nacional da 6ª Semana Social Brasileira, que
será realizado em Brasília de 20 a 22 de março, com a presença de
representantes de todos os cantos do Brasil. Ao longo de quatro anos, a partir
de tema: “Mutirão pela Vida: Por Terra, Teto e Trabalho”, tem acontecido
inúmeros encontros em vista de fazer realidade um mundo melhor para todos e todas.
O Mutirão
final pretende ser “um momento forte da nossa caminhada como Igreja e como povo
de Deus”, segundo Dom José Valdeci Mendes Santos, para que “em vista do
bem-viver dos povos, das comunidades tradicionais, traçarmos o projeto popular
que sonhamos e queremos para o nosso Brasil”, destaca o presidente da Comissão
para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB). Segundo o bispo da diocese de Brejo (MA), estamos diante de “um momento
de fortalecimento da nossa caminhada como Igreja, nessa proposta de uma
transformação de uma sociedade mais justa, mais fraterna”.
No decorrer
desse Mutirão, “a metodologia tem pensado um caminho em que se possa incluir
todo o processo vivenciado nesses últimos anos”, ressalta Alessandra Miranda,
secretária executiva da 6ª Semana Social Brasileira. Isso num encontro que “vai
recolhendo um percurso bem longo, quase quatro anos, mas que nestes últimos
messes tem dado uma acelerada grande”, segundo o padre Dário Bossi, assessor da
Comissão para a Ação Sociotransformadora da CNBB, que afirma que “em todos os
territórios trabalhamos e aprofundamos os temas de terra, teto e trabalho,
preparando um projeto popular sobre o bem-viver dos povos’.
O
missionário comboniano ressalta a importância dos “diversos projetos de
incidência política a partir da Igreja, preparados nos territórios, que vão se
costurando como um mosaico que irá compor a imagem da Igreja comprometida”. Para
avançar nesses processos, ele disse que esses três dias “serão um desfecho e um
relance para pensar daqui para frente qual o papel para uma transformação
social e ambiental da realidade a partir da nossa fé”.
O Mutirão
Nacional é uma oportunidade para “comemorar esse ciclo de trabalho coletivo”,
segundo Sandra Quintela. A membro da Rede Jubileu Sul Brasil e da equipe
executiva da 6ª Semana Social Brasileira relata as atividades realizadas ao
longo dos últimos anos: cursos de formação e economia política, uma missão
solidariedade com os povos quilombolas afetados pelo agronegócio no Maranhão,
atividades de formação com as mulheres em sete capitais do Brasil, trabalhando
o direito à moradia e cobrando as dívidas sociais que existem com as mulheres
das periferias urbanas no Brasil, que estão à mingua nas ocupações.
Diante das
muitas atividades e processos, principalmente coletivos, Sandra Quintela lembra
o lançamento de um plebiscito popular em busca de uma grande escola de formação
e educação popular no Brasil, com o objetivo e metas comuns. Mais um passo num
caminho de compromisso com as pessoas que “arregaçam as mangas no cotidiano da
vida, tentando construir uma vida digna, um mutirão pela vida, para todas as
pessoas neste país”.
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