quinta-feira, 18 de abril de 2024

61ª AG da CNBB, coletiva de imprensa: 90 anos do Pio Brasileiro, 70 da CRB e as Causas dos Santos


Os 90 anos do Colégio Pio Brasileiro, os 70 anos da Confederação dos Religiosos do Brasil e o trabalho da Comissão para as Causas dos Santos pautaram a coletiva de imprensa do penúltimo dia da 61ª Assembleia Geral da CNBB que está sendo realizada de 10 a 19 de abril em Aparecida (SP).

O Colégio Pio Brasileiro foi criado em 1934 a pedido do Papa Pio XI, lembrou o arcebispo de Olinda-Recife (PE) e segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, que foi aluno dessa instituição. O objetivo foi atender a formação dos seminaristas brasileiros, até esse momento estudantes no Colégio Latino-americano, sendo confiada a direção aos Jesuítas, que permaneceram até 2013, momento em que a CNBB assumiu a direção, enviando padres diocesanos para dirigir o Colégio. Na atual Assembleia Geral da CNBB foi nomeado o terceiro reitor dessa nova etapa.

No Pío Brasileiro, que hoje forma padres que fazem mestrado, doutorado e pós-doutorado nas 20 universidades católicas com sede em Roma, já passaram 2.200 estudantes, dos quais 172 se tornaram bispos e seis cardeais, alunos nesse “espaço qualificado de formação”, afirmou dom Paulo Jackson.

“Falar da Comissão para a Causa dos Santos é falar do coração de Deus, porque Deus quer que todos nós sejamos santos, porque Ele é santo”, destacou o arcebispo de Pouso Alegre (MG) e presidente dessa comissão, dom José Luiz Majella. Essa comissão nasceu em 2016, em vista de um trabalho conjunto com o Dicastério dos Santos.



O objetivo é, segundo o arcebispo, “orientar as nossas dioceses ou igrejas particulares nas causas que já iniciaram ou vão iniciar”, assumindo a missão de acompanhar as dioceses nesse trabalho, sobretudo dos postuladores, aquele que vai levar a causa para o dicastério Roma. Ele destacou que a causa dos santos quer “olhar as virtudes de fé de um cristão, como é que o cristão viveu seu batismo”.

A Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil (CRB) completou em 11 de fevereiro 70 anos. Fundada em 1954 no Rio de Janeiro, no Congresso Nacional da Vida Religiosa. Congrega as ordens religiosas, congregações, institutos de vida religiosa consagrada, uma história que se iniciou com a chegada dos jesuítas junto com os portugueses, e que “se expressou em muitas obras de evangelização na Igreja do Brasil”, segundo o bispo auxiliar de São Paulo (SP) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Ângelo Ademir Mezzari.

Celebrar 70 anos é “fazer uma memória da história”, de homens e mulheres que professam os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, vivem a experiência de fé de um carisma, de uma missão”, que se concretiza na vida fraterna em comunidade, na espiritualidade, e que “estão presentes em todas as realidades da evangelização”, enfatizou o bispo, que é religioso Rogacionista.

70 anos que querem “recordar a profecia da Vida Religiosa”, segundo dom Ângelo, querendo assim promover a presença dos religiosos, presentes em diversos campos e realidades. Igualmente os 70 anos querem trazer presente a esperança, em vista do Jubileu 2025, “Peregrinos de esperança”, mostrando que há esperança para a Vida Religiosa Consagrada, mesmo diante da crise vocacional, querendo tocar o coração das novas gerações para que também possam se consagrar a Deus. Tudo isso será celebrado no Congresso da Vida Religiosa, de 30 de maio a 2 de junho, em Fortaleza, com mais de 700 participantes de todo Brasil, com o tema “Memória, profecia e esperança”.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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