Os 90 anos
do Colégio Pio Brasileiro, os 70 anos da Confederação dos Religiosos do Brasil
e o trabalho da Comissão para as Causas dos Santos pautaram a coletiva de
imprensa do penúltimo dia da 61ª Assembleia Geral da CNBB que está sendo
realizada de 10 a 19 de abril em Aparecida (SP).
O Colégio
Pio Brasileiro foi criado em 1934 a pedido do Papa Pio XI, lembrou o arcebispo
de Olinda-Recife (PE) e segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, que foi aluno dessa
instituição. O objetivo foi atender a formação dos seminaristas brasileiros,
até esse momento estudantes no Colégio Latino-americano, sendo confiada a
direção aos Jesuítas, que permaneceram até 2013, momento em que a CNBB assumiu
a direção, enviando padres diocesanos para dirigir o Colégio. Na atual
Assembleia Geral da CNBB foi nomeado o terceiro reitor dessa nova etapa.
No Pío
Brasileiro, que hoje forma padres que fazem mestrado, doutorado e pós-doutorado
nas 20 universidades católicas com sede em Roma, já passaram 2.200 estudantes,
dos quais 172 se tornaram bispos e seis cardeais, alunos nesse “espaço
qualificado de formação”, afirmou dom Paulo Jackson.
“Falar da Comissão
para a Causa dos Santos é falar do coração de Deus, porque Deus quer que todos
nós sejamos santos, porque Ele é santo”, destacou o arcebispo de Pouso Alegre (MG)
e presidente dessa comissão, dom José Luiz Majella. Essa comissão nasceu em
2016, em vista de um trabalho conjunto com o Dicastério dos Santos.
O objetivo
é, segundo o arcebispo, “orientar as nossas dioceses ou igrejas particulares
nas causas que já iniciaram ou vão iniciar”, assumindo a missão de acompanhar
as dioceses nesse trabalho, sobretudo dos postuladores, aquele que vai levar a
causa para o dicastério Roma. Ele destacou que a causa dos santos quer “olhar
as virtudes de fé de um cristão, como é que o cristão viveu seu batismo”.
A
Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil (CRB) completou em 11 de
fevereiro 70 anos. Fundada em 1954 no Rio de Janeiro, no Congresso Nacional da
Vida Religiosa. Congrega as ordens religiosas, congregações, institutos de vida
religiosa consagrada, uma história que se iniciou com a chegada dos jesuítas
junto com os portugueses, e que “se expressou em muitas obras de evangelização
na Igreja do Brasil”, segundo o bispo auxiliar de São Paulo (SP) e presidente
da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom
Ângelo Ademir Mezzari.
Celebrar 70
anos é “fazer uma memória da história”, de homens e mulheres que professam os
conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, vivem a experiência
de fé de um carisma, de uma missão”, que se concretiza na vida fraterna em
comunidade, na espiritualidade, e que “estão presentes em todas as realidades
da evangelização”, enfatizou o bispo, que é religioso Rogacionista.
70 anos que
querem “recordar a profecia da Vida Religiosa”, segundo dom Ângelo, querendo
assim promover a presença dos religiosos, presentes em diversos campos e
realidades. Igualmente os 70 anos querem trazer presente a esperança, em vista
do Jubileu 2025, “Peregrinos de esperança”, mostrando que há esperança para a
Vida Religiosa Consagrada, mesmo diante da crise vocacional, querendo tocar o
coração das novas gerações para que também possam se consagrar a Deus. Tudo
isso será celebrado no Congresso da Vida Religiosa, de 30 de maio a 2 de junho,
em Fortaleza, com mais de 700 participantes de todo Brasil, com o tema
“Memória, profecia e esperança”.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
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