Aos poucos a
sociedade vai tomando consciência da necessidade de reconhecer o papel da
mulher. Sabemos que ainda falta um longo caminho a percorrer, mas é verdade que
estão sendo dados alguns passos que ajudam nesse propósito. O início do mês de
março é uma boa oportunidade para refletir e descobrir o caminho a seguir para
continuar avançando.
Mesmo sem chegar
na paridade, as mulheres vão ocupando espaços de responsabilidade e decisão na
política, nas empresas, no mundo do trabalho. Nas famílias também vemos que
estão sendo dados passos para que as crianças, sejam homens ou mulheres, não
sejam discriminadas em razão de seu sexo.
Essa discriminação
está presente nos homens, mas também nos deparamos com mulheres que discriminam
às próprias mulheres, uma atitude que tem que nos levar a refletir como
sociedade. Cada um, cada uma de nós temos que nos perguntarmos sobre nossas
atitudes, sobre nosso modo de olhar e tratar os outros, especialmente as
mulheres, sobre os preconceitos que carregamos e que nos impedem avançar como
sociedade em busca de uma maior igualdade entre homens e mulheres.
Na Igreja
católica, o debate sobre o papel da mulher está cada vez mais presente, cada
vez são mais as vozes que cobram um maior reconhecimento do papel da mulher na
Igreja. O Papa Francisco tem ajudado a avançar decisivamente nesse caminho, com
suas palavras e atitudes, mas sobretudo com as nomeações de mulheres em postos
de grande responsabilidade. Cada vez são mais as mulheres que ocupam esses
espaços, que tem em suas mãos a possibilidade de aportar seu conhecimento, sua
visão, na hora de tomar as decisões na Igreja católica.
Em algumas
dioceses vemos que as mulheres aos poucos também estão ocupando esses espaços
de toma de decisões, o que vai enriquecendo a vida da Igreja em todos os
níveis. Vai ajudando a ter um olhar diferente, um olhar feminino, as mulheres
vão aportando sua sabedoria, seu modo de entender a realidade.
Não podemos
esquecer que as mulheres são a grande maioria na Igreja católica, especialmente
quando falamos de participação na vida cotidiana da Igreja. Sua presença nas
celebrações é quase sempre mais numerosa, são elas que participam em maior
medida e conduzem as pastorais, movimentos, grupos, fazendo com que a Igreja
continue viva em muitos lugares do mundo.
Se nós falamos da
Amazônia, vemos que essa presença feminina faz com que muitas comunidades,
especialmente no interior, continuem vivas, são muitas as mulheres que são
verdadeiras pastoras, cuidadoras do rebanho, presença de Igreja na vida de um
povo que continua vivenciando sua fé pela dedicação e compromisso das mulheres,
que em sua simplicidade levam a Palavra de Deus a tantas pessoas que se saciam
com esse anúncio.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 - Editorial Rádio Rio Mar
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