Uma Igreja atenta a tudo o que acontece na vida do
povo, que tenta ter uma palavra que ajuda a superar o sofrimento e construir
novos caminhos de vida para o futuro. Nesta semana, de 12 a 16 de abril, está
acontecendo a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil. Desta vez, a grande novidade é que está sendo 100% virtual.
O grande desafio da nossa Igreja é estar on-line,
atentos a tantas situações que provocam dor e sofrimento, especialmente nos
mais pobres, naqueles que a sociedade descarta. A pandemia da Covid-19, tem
mostrado que no Brasil existem muitas pandemias, muitas situações de morte, que
devem ser superadas. O empenho daqueles que nos dizemos cristãos tem que ser
decisivo nessa luta para fazer realidade o Reino de Deus, um mundo melhor para
todos e todas.
Somos desafiados a nos envolvermos na construção da
sociedade do futuro, que de modo nenhum pode voltar àquilo que é chamado de
normalidade, de velha normalidade. O futuro tem que ser construído a partir de
novas visões, sustentadas em sentimentos de fraternidade, que não compactuam
com tudo aquilo que é sinal de morte, de falta de respeito pela Vida, pelos ser
humano, pela Natureza, por tudo o que habita nosso planeta Terra.
Como falava Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira,
bispo da Prelazia de Itacoatiara, aqui no Amazonas, na coletiva de imprensa desta
terça-feira, com motivo da Assembleia Geral da CNBB, seguindo as palavras do
Papa Francisco, “a humanidade é pisoteada por esse vírus e por tantos outros
vírus que nós ajudamos a crescer”. Ele relatava elementos que mostram a
situação que o Brasil e a Amazônia vivem em consequência da pandemia. Não
podemos esquecer que estamos vivendo nos últimos meses o maior colapso
sanitário e hospitalar da história do Brasil. Isso não pode nos deixar
indiferentes, agora é momento de solidariedade, mas depois deve ser tempo de
manifestação de indignação, dizia Dom Ionilton, lembrando que o Papa Francisco
nos chama a não nos deixar anestesiar nossa consciência social.
A fé é compromisso, nos diz uma música que a gente
canta nas celebrações, o que tem que nos levar a cuidar dos direitos humanos,
das políticas públicas, a conhecer, assimilar e praticar a Doutrina Social da Igreja,
a ser uma Igreja em saída que vai ao encontro daqueles que estão jogados na
beira do caminho.
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