Com recursos recebidos do Fundo de Solidariedade, o
Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com a parceria
de diferentes instituições, distribuiu cestas básicas e kits de higiene
entre a população vulnerável.
Neste sábado, 15 de maio, dentro das atividades da Rede um
Grito pela Vida, as Irmãs do Imaculado de Maria, de Manaus, distribuíram 72
cestas básicas e 72 kits de higiene na comunidade Ribeirinha do Abelha, no
Tarumã.
O transporte das doações contou com a contribuição de lideranças da comunidade, que se deslocaram em pequenas lanchas até o porto da Marina do Davi, em Manaus, ajudando no transporte até a comunidade.
Trata-se de uma comunidade onde a Rede Um Grito Pela Vida,
já realizou um trabalho de prevenção às violências, abuso, exploração sexual e tráfico
de pessoas, algo que tem sido feito nas diversas comunidades daquela região,
devido a realidade de vulnerabilidade das crianças, adolescentes e juventudes. Por
ser uma área de turismo, é necessário fazer um trabalho permanente de prevenção.
Neste sábado, antes da entrega das doações foram realizadas duas rodas de
conversa nos dois portos da comunidade.
Em cada roda de conversa foi falado sobre a partilha que a CNBB
através do Fundo de Solidariedade tem realizado neste tempo de pandemia da Covid-19,
em parceria com a Rede Um Grito Pela Vida e as Irmãs do Imaculado Coração de
Maria. Também foi dialogado sobre os cuidados permanente que a comunidade deve
ter em relação ao contágio pelo coronavírus.
Logo em seguida foi abordado o tema do 18 de maio, sobre o
cuidado e proteção de crianças e adolescentes com relação ao abuso e exploração
sexual, informando a comunidade sobre os cuidados e como procurar ajuda quando
sabem que alguém está sendo violado em sua dignidade.
Muitas famílias perderam o emprego por conta da Covid-19 e
se encontram adoecidas pelo contagio do vírus, sem condições de buscar trabalho.
São mais de 200 famílias na comunidade do Abelha, muitas vivem do bolsa família.
São catraieiros, e os que conseguem emprego trabalham em Manaus. Com a cheia do
rio, dificulta a pesca, que para muitos é o modo de sobrevivência.
É gratificante ver como as famílias recebem agradecidas as cestas básicas, partilham a realidade de dor e sofrimento causado pela fome, falta de saúde básica e condições dignas de sobrevivência, pelo desemprego e falta de oportunidade para as juventudes. São comunidades onde muitos jovens são envolvidos na droga e alcoolismo. Junto com isso, é visível a desnutrição das crianças. Um dos moradores da comunidade, o senhor Raimundo Gomes, agradecia “pela grande ajuda que nos deram trazendo aqui, na nossa mesa, esse alimento”. Ele diz ter ficado “muito feliz por ter algo para comer e por saber que vai ter alguma coisa a mais na mesa de cada um da comunidade”. São pequenas ações, mas tem um impacto significativo nas comunidades.
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