No marco das formações que a paróquia
São Francisco de Assis, em Belém do Solimões, Diocese do Alto Solimões,
organiza para suas lideranças, aconteceu na semana passada a formação em língua
tikuna com as lideranças das comunidades indígenas. No final de julho vai
acontecer a mesma formação com as lideranças das comunidades que falam
português.
Desta vez, a formação, onde
participaram mais de 200 pessoas de 23 comunidades tikuna, foi para conhecer o
que é a Caritas, “foi a primeira vez que as lideranças tikuna tiveram contato,
conhecimento, com esta temática”, segundo Veronica Rubi. Segundo a coordenadora
diocesana da Caritas, “foi necessário ir desde o significado da palavra Caritas”,
insistindo no significado do Amor de Deus e a necessidade de isso ser assumido
pelos agentes Caritas.
Junto com isso foi explicitada a
missão da Caritas Brasileira: “Testemunhar a anunciar o Evangelho de Jesus
Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção
solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as
pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social”.
No encontro foram apresentadas as três
linhas de ação da Caritas do Alto Solimões: Promoção Humana, que deve velar por
vida digna para todos, trabalhando na prevenção de abusos e violências e na
formação de lideranças no âmbito da economia solidária; Políticas Públicas, que
visa a formação continuada para uma participação cidadã, na defesa de direitos,
especialmente de pessoas em situação de vulnerabilidade; Emergência, com um
olhar atento e uma atitude de prontidão estar organizados para dar resposta a
situações concretas de urgência.
O encontro serviu para, num momento
de espiritualidade, refletir sobre a vida do padroeiro da Caritas, São Oscar
Romero, da padroeira das pessoas vítimas do tráfico de pessoas, Santa Bakhita,
e dos mártires da Amazônia, Chico Mendes e Ir. Dorothy, “pessoas que com sua
vida e testemunho nos animam no serviço e no trabalho da Caritas”, segundo
Veronica Rubi.
Em um outro momento de espiritualidade,
foi feita uma leitura inculturada da parábola do Bom Samaritano, com realidades
presentes na região, como são os piratas que atacam as comunidades do Solimões,
tentando assim aproximar o Evangelho da vida do povo.
No final do encontro, os
participantes agradeceram o conteúdo repassado e as ferramentas apresentadas,
que vai ajudar no trabalho nas comunidades no serviço a quem mais precisa e na atenção
para com os mais necessitados.
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