O Tráfico Humano é um crime cada vez mais presente no
mundo, também na Amazônia. São 40 milhões de pessoas que todos os anos se
tornam vítimas do Tráfico de Pessoas. Diante dessa realidade, se faz cada vez
mais urgente descobrir os caminhos que possam nos levar a enfrentar e erradicar
esse fenômeno, que pode ser considerado como mais uma pandemia.
Muitas das vítimas do tráfico de pessoas são
migrantes, um fenômeno que tem se incrementado durante a pandemia da Covid-19.
A vulnerabilidade que sofrem os migrantes tem se acrescentado neste tempo de
pandemia que a gente vive desde há mais de um ano. A falta de direitos, a
exploração de todo tipo, são situações cada vez mais presentes na vida dos
migrantes.
O mês de julho é um tempo em que somos desafiados como
sociedade a refletir sobre o fenômeno do trafico humano. No dia 30 de julho, desde
2013, em que foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, acontece o Dia
do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Trata-se de uma oportunidade para entender que a grande maioria dos migrantes saem da sua terra para não passar mais fome, viver em um país sem guerra, ter liberdade, ver seus direitos respeitados, entre muitos outros motivos, que tem como denominador comum a procura por uma vida melhor.
Muitas vezes, a ilusão e os sonhos iniciais acabam se
tornando um pesadelo, caindo nas redes de organizações criminosas que tornam as
pessoas escravas de gente sem escrúpulo, um crime que movimenta anualmente mais
de 30 bilhões de dólares em todo o mundo, segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU).
A pandemia da Covid-19 e o fechamento das fronteiras
entre os países, aumentou o risco dos migrantes, obrigados a se colocar nas
mãos de contrabandistas para atravessar as fronteiras, se tornando alvos do
tráfico de pessoas e vítimas de abusos e exploração apenas para ter acesso aos
serviços oferecidos por eles.
Estamos diante de mais uma oportunidade para refletir
sobre situações que deveriam ser enfrentadas abertamente na sociedade. Mas será
que a gente se preocupa com o sofrimento dos migrantes? A existência do Tráfico
de Pessoas, uma realidade que atinge aos migrantes, realmente nos incomoda? O
que a gente está disposto fazer para superar um crime que mostra nossa falta de
humanidade?
Não deixemos passar mais uma oportunidade, sejamos
conscientes de que das nossas atitudes e compromisso depende que as condições
de vida dos migrantes sejam melhores e que sua própria vida não seja colocada
em risco. É tempo de parar, enxergar, denunciar e superar esse crime, e isso
também depende da gente.
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