Uma Missa no Santuário São José da capital amazonense
encerrou o Ano de São José na Arquidiocese de Manaus. Dom Leonardo Steiner, que
presidiu a celebração, começou lembrando que “São José peregrinou pelas nossas
comunidades, visitou as nossas casas, admiramos a paternidade de São José”,
junto com isso “sua presença discreta, como diz o Papa Francisco, um homem que
vive na sombra, não gosta de aparecer, São José o homem silêncio, o homem do
trabalho, o homem da família, aquele que cuidou de Jesus”.
Na homilia, o arcebispo de Manaus destacou a importância de "poder manifestar a nossa fé, nos manifestarmos em público, juntos”. Lembrando
as palavras do texto do Evangelho, falou sobre o nascer de Jesus, que “é um Mistério
que se manifesta na nossa realidade, mas que vai se manifestando nos sonhos, os
sonhos que são para ser ouvidos, não falados. Sonhos que são ouvidos e porque
José ouve, desaparece o drama, a confusão, e ele assume Maria, e cuida de Maria
e do Menino Jesus, e nascido cuida até o fim”.
Dom Leonardo perguntou: “Quem de nós não sonha?”, e afirmou
que é “infeliz quem não sonha”. Segundo o arcebispo, “são sonhos de beleza,
são sonhos dramáticos, são sonhos de amor, são sonhos de santidade, quantos
sonhos cada um de nós sonha”. Por isso, ele insistiu em que “são esses sonhos,
quando bem ouvidos, que nos colocam a caminho, são esses sonhos que nos abrem
ao Mistério de Deus”.
“Também como José, no meio da confusão, no meio da indecisão,
no meio de quase abandono, o sonho o coloca de novo no caminho da bondade, no
caminho do amor, no caminho da receptividade”, afirmou Dom Leonardo Steiner,
que lembrou as palavras da Sagrada Escritura que o definem como “um homem justo,
o homem da justiça”. O sonho relatado pelo Evangelho na Solenidade de São José
é um dos seus sonhos, talvez o mais importante, pois, segundo o arcebispo, “José
na sua confusão, consegue identificar a bondade de Deus”.
Diante da guerra que o mundo está vivendo, mas também diante
da violência que está sendo vivenciada na sociedade de Manaus, o arcebispo
chamou a sonhar com a paz, algo que segundo ele fez José, “e quando ele sonhou
tomou o caminho da receptividade, o caminho do acolhimento”. Dom Leonardo
também refletiu sobre a realidade daqueles que “sonham com o pai que não
tiveram”, fazendo um chamado a assumir a paternidade, pedindo fazer um trabalho
de conscientização “para que as crianças tenham ao menos o sobrenome do pai, e
quem dera que tivera um amor paterno, como teve Jesus de José”.
Igualmente, Dom Leonardo chamou a sonhar com a santidade,
insistindo em que “sonhar faz bem, acalenta o coração, alivia a alma, os pés se
tornam mais suaves, mais ágeis, os ombros se tornam mais leves quando nós
sonhamos”, sonhos cotidianos, assim como José, “um carpinteiro, que sonhou, e
realizou o sonho de Deus de amar a humanidade, de amar cada um de nós e
cuidando o filho seu”, pedindo realizar o sonho de Deus, “um Reino de bondade,
um Reino de fraternidade, um Reino de paz”, e também sonhar como São José e nos
colocarmos a caminho.
No final da celebração, após os agradecimentos do pároco do
Santuário São José, agradeceu a presença de todos, “uma presença bonita,
participada, da nossa Igreja, que deseja publicamente manifestar a sua fé”.
Também destacou a importância da visita da imagem de São José em todas as
comunidades, e todos os que fizeram possível a celebração de encerramento.
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