segunda-feira, 21 de março de 2022

Entidades eclesiais participam da Assembleia do Povo Sateré


O Centro de Formação Paraiso II, em Marau (AM) acolheu nos dias 15 e16 de março a Assembleia do Povo Sateré, onde dentre outras entidades se fez presente o SARES - Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental, e a Equipe Itinerante, assim como o padre Oziel Cristo da Diocese de Parintins, e Ir. Idalina, do CIMI – Conselho Indigenista Missionário.

A Assembleia foi momento para refletir sobre o Estatuto da Associação, que busca proteger o povo, defender a terra, a cultura. Diante de pessoas que se dizem lideranças e representantes dos povos indígenas, mas que de fato não os representam, foi indicado que as associações é a forma de legal de validar a luta dos povos indígenas e suas verdadeiras lideranças.


Diante disso foram esclarecidos os deveres dos associados e o papel da direção, que tem que trabalhar para que os objetivos sejam alcançados. Também foi refletido sobre a necessidade do combate a ideologias de opressão, reforçadas pela elite brasileira, sendo discutidas propostas a serem colocadas no Estatuto.

A Assembleia do Povo Sateré foi momento para refletir sobre a Violência contra as mulheres e Direitos Humanos, que contou com a assessoria da Defensora Pública Estadual Elânia Cristina, abordando diversas questões em relação com as mulheres indígenas, insistindo em que “não é possível viver em uma sociedade feliz enquanto as mulheres sofrerem violência física, moral, psicológica, sexual”.

Nesse sentido, descreveu a violência contra mulher como uma outra pandemia. Diante disso fez um chamado aos homens a conversar com suas mulheres, sonhar juntos, ser amigos, fazê-las felizes para assim construir uma família feliz. Por isso, insistiu em que a violência doméstica deve ser denunciada e os que a praticam precisam ser punidos.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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