sábado, 23 de abril de 2022

Dom Leonardo ordena 8 diáconos e lhes pede: “Tornem-se homens disponíveis, serviçais”


A Arquidiocese de Manaus tem 8 novos diáconos permanentes, ordenados neste 23 de abril na Catedral Nossa Senhora da Conceição, pela imposição das mãos de Dom Leonardo Steiner, que definia a celebração como “um momento de Igreja, eles estarão ao serviço da Igreja, das comunidades”.

Os novos diáconos são Agamenon de Assis Silva, Agdo Freitas Guimarães Filho, Carson Farnela Duarte, Edivaldo Pereira da Silva, Arley Oliveira Barcelar, Marcio Pedro Gomes dos Santos, Paulino Pedro da Conceição Maciel, Valtemir Livino Ribeiro.

Na homilia, após acolher as esposas e comunidades às quais os novos diáconos irão servir, o Arcebispo Metropolitano de Manaus começou refletindo sobre a escolha, algo que vem do outro, já presente nos Atos dos Apóstolos, onde a primeira comunidade cristã escolhe seus diáconos. A ordenação é o último passo daqueles que foram chamados, “e hoje diante da Igreja respondem eis-me aqui”, lembrava Dom Leonardo, que vê nisso um sinal de prontidão.



O Arcebispo lembrou que no Evangelho é Jesus que escolhe, reafirmando que “toda vocação é um chamado, uma escolha”, definindo a história da nossa Igreja como “uma história de chamado, sempre um chamado, uma vocação que pede uma ressonância, uma consonância”, que cada um responde na cotidianidade. Dom Leonardo insistiu em que “é o amor que escolhe, não somos nós que escolhemos”, algo que os novos diáconos já têm experimentado no Sacramento do Matrimonio.

“O amor de Deus é livre, terno, cheio de misericórdia, este é o amor que chama”, destacou o Arcebispo, que insistiu em algumas atitudes necessárias: disponibilidade, abertura, prontidão, disposição, graça de servir. E junto com isso, “servidores, lavadores dos pés”.

Se referindo ao Evangelho lido na celebração, Dom Leonardo disse que “o Evangelho vem a nos indicar o caminho da transformação de quem recebe o ministério diaconal”, como um serviço para estar continuamente a caminho, ir pelo mundo inteiro e a toda criatura, refletindo sobre os tantos mundos para serem percorridos para servir a Palavra, a Caridade, dentre eles “o mundo da violência, da guerra, da desfraternidade, da imoralidade, da destruição, da desavença, do desconforto, da fome, do frio”, onde o Arcebispo chamou a ser a Boa Nova, servir.



Também chamou a se sentir enviados a todas as criaturas, que “hoje estão sendo destruídas, massacradas, pela ganância, pelo dinheiro que mata”, algo que se vê especialmente na nossa Amazônia.

Desde a liberdade, Dom Leonardo chamou os diáconos a servir uns aos outros no amor, servindo a todos, especialmente aos pobres e descartados, a exemplo do amor de Jesus. O Arcebispo lhes pediu aos novos diáconos que “pela imposição das mãos e a invocação do Espírito Santo tornem-se homens disponíveis, serviciais, servir a todos no amor, um amor que serve, um amor serviço”.

Afirmando que “somos uma Igreja constitutivamente missionária, uma Igreja constitutivamente sinodal”, o Arcebispo chamou a servir com generosidade e alegria, sem procurar as primeiras filas, a través dos diferentes serviços que fazem parte do ministério da Igreja, “tudo na fecundidade da Igreja, na fecundidade pessoal”. Daí chamou a ser humildes, a cultivar a vida familiar, a ser sinal de esperança e de conforto para as famílias em dificuldades, sentir-se felizes por estar com a família, a comunidade, a Igreja, estar próximos dos pobres e neles ver a Jesus que bate na nossa porta através deles, ser catequista, ensinador.



Os novos diáconos “inserem a família na ação evangelizadora e sacramental na Igreja”, afirmou Dom Leonardo. Se dirigindo às esposas, filhos e outros familiares, o Arcebispo disse que “a família se torna força para exercer esse ministério com dignidade e alegria”, agradecendo às famílias pelo apoio à vocação dos novos diáconos, e também a todos os que os acompanharam no processo de formação, encerrando suas palavras fazendo de novo o chamado para que “disponham-se ao serviço uns dos outros através do amor”, lema escolhido pelos diáconos para sua ordenação.

Lembrando esse lema, um dos diáconos, em representação de todos, definiu a ordenação como uma nova etapa em suas vidas, agradecendo a Deus que os escolheu para a missão e a todos aqueles que fizeram possível chegar neste dia, especialmente seus familiares e os párocos que os acompanham em suas áreas missionárias e paróquias.    


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Um comentário: