domingo, 17 de abril de 2022

Ir. Rose Bertoldo: “Frente a tantos sinais de morte, precisamos ser mulheres portadoras de esperanças”


As mulheres continuam sendo as primeiras testemunhas da Ressurreição”. Com essas palavras começa sua reflexão a Ir. Rose Bertoldo, comentando o Evangelho do Domingo da Páscoa. O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil inicia uma nova experiência: “Com Voz de Mulher”.

Mulheres do nosso Regional irão comentar o Evangelho dominical, iluminando desde o universo feminino a vida das nossas comunidades. A exemplo de Maria Madalena, que “no primeiro dia da semana, foi ao tumulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do tumulo”.

Segundo a secretaria executiva do Regional Norte1 da CNBB, se referindo às mulheres que sempre tinham acompanhado Jesus, “elas acordaram cedo naquele primeiro dia da semana, o dia se fez claridade. Andavam apressadas. Levavam a boa notícia da Ressurreição. Superaram o medo e saíram correndo anunciando aos discípulos que Jesus tinha ressuscitado”.



“O processo vivenciado pelas mulheres gera boa-nova, uma boa notícia que nasce do cotidiano da vida das mulheres, das coisas simples, do cuidado da vida”, segundo a Ir. Rose Bertoldo. “Elas se fazem missionarias da primeira hora porque nunca desistiram, porque nunca aceitaram a morte como resposta definitiva, porque em comunidade sempre cultivaram e cultivam a esperança”, afirma a religiosa do Imaculado Coração de Maria.

“As mulheres fizeram uma experiência muito profunda da Ressurreição de Jesus em suas vidas, e conseguiram transmitir por sua fé e amor a Jesus”, destaca a Ir. Rose. Segundo ela, “essa experiência transmitiram aos discípulos e foi sendo transmitida de geração a geração, e continuam sendo as mulheres as primeiras testemunhas da Ressureição, pois são presença viva nas comunidades”.

A religiosa afirma que “as mulheres exerceram um protagonismo intenso em toda a vida de Jesus, muitas Marias com o seu amor, com seu empoderamento, sua fé, coragem, determinação, ousadia, suas lutas por mais dignidade para outras mulheres, permaneceram fieis até a morte de Cruz. Acolheram, apoiaram, fortaleceram Jesus na hora da dor, seguiram seus passos, foram discípulas, testemunhas da Ressurreição e apoiadoras do Cristo Ressuscitado!”. Ela enfatiza que “para as mulheres a morte não tem a última palavra, mas a vida nova, plena, da igualdade, da festa, da partilha, do amor”.



Olhando para a realidade atual, a religiosa coloca que “frente a tantos sinais de morte, num mundo ferido pela guerra, pelas tantas violências que destrói a humanidade, destrói a nossa casa comum, mais do que nunca precisamos ser mulheres portadoras de esperanças, sair correndo na certeza de que é urgente cuidar da vida”.

A secretária executiva do Regional Norte1 diz que “continuamos anunciando o Cristo Ressuscitado, dando testemunho de alegria, da esperança, para que a ciranda da vida, iniciada por mulheres possa continuar com a nossa presença transformadora que gera vida; pois a fé no Ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados no hoje da história, nos coloca a seu lado, para partilhar com eles a certeza de que Deus está vivo no meio de nós, ressuscitando, libertando da morte e gestando uma nova criação”.

Finalmente, reafirma que “nessa experiência fundante da primeira comunidade, se baseia a força missionária da Igreja que através dos séculos continua proclamando: ‘O Senhor Ressuscitou, verdadeiramente, aleluia!’”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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